A ejaculação feminina ainda é cercada por tabus, mas entender o que ela é e como se manifesta pode transformar a maneira como muitas mulheres experienciam o próprio corpo. A princípio, trata-se de uma liberação involuntária de um líquido durante o orgasmo, geralmente associada à estimulação do ponto G ou do clitóris. Entretanto, vai muito além da fisiologia. Envolve entrega, conexão e, acima de tudo, autoconhecimento profundo.
O que é a ejaculação feminina e qual sua composição?
Em primeiro lugar, é fundamental compreender que a ejaculação feminina, também chamada de “squirt”, não se confunde com urina, embora o canal uretral seja o meio de saída. Ou seja, apesar de ser expelida pela uretra, sua composição é distinta, podendo conter traços de prostatoespecíficos femininos, ureia e outras substâncias corporais naturais. Ainda mais, sua aparência costuma ser clara, com pouco ou nenhum odor, diferindo do lubrificante vaginal.
Analogamente ao orgasmo masculino, o squirt é uma liberação intensa associada a picos de prazer e à ausência de controle mental. Contudo, não é toda mulher que experimenta essa manifestação — e isso não está ligado à sua capacidade orgástica, mas sim a fatores emocionais, psicológicos e culturais que impactam o processo de entrega.
Por que muitas mulheres nunca vivenciaram essa experiência?
Sobretudo, a repressão cultural da sexualidade feminina é um fator determinante para o bloqueio da ejaculação. Por outro lado, muitas mulheres têm orgasmos intensos, mas por estarem condicionadas a se controlar, acabam interrompendo o fluxo natural de prazer.
Além disso, o medo de “perder o controle” e a crença de que o líquido expelido é urina reforçam sentimentos de vergonha e insegurança. Em outras palavras, a ausência de informação e a falta de liberdade sexual inibem a vivência plena da sexualidade.
Nesse contexto, a escolha de um ambiente seguro, de um parceiro respeitoso ou de um terapeuta tântrico experiente pode fazer toda a diferença. Como resultado, é possível desconstruir crenças limitantes e abrir espaço para novas descobertas sobre o próprio corpo.
Como ocorre a ejaculação feminina?
Em termos práticos, o squirt costuma ocorrer mediante estímulo intenso e constante do ponto G — localizado na parede frontal da vagina — e/ou do clitóris. Assim como nos homens, a intensidade do estímulo e a excitação acumulada influenciam diretamente na resposta do corpo.
Por exemplo, algumas mulheres conseguem ejacular com a ajuda de vibradores específicos, enquanto outras alcançam esse ápice durante relações sexuais com profunda conexão emocional. Ainda assim, o relaxamento mental é sempre o fator-chave.
Frequentemente, nos atendimentos em terapia tântrica, o squirt surge após algumas sessões, quando a cliente já se sente segura e conectada ao próprio corpo. Ou seja, não é apenas sobre técnica, mas sobre acolhimento, presença e liberação emocional.
Como a terapia tântrica ajuda nesse processo?
A ejaculação feminina pode ser cultivada e naturalizada com o auxílio da terapia tântrica, que promove um mergulho na conexão entre corpo e sensações. Atualmente, muitos relatos de mulheres apontam que começaram a manifestar o squirt após sessões de massagem yoni, uma técnica que trabalha diretamente com a energia sexual feminina de forma respeitosa e consciente.
Essa vivência ocorre quando a mulher se permite estar totalmente presente, sem julgamentos ou expectativas. “É nesse ponto de transição entre o simples estar e o se entregar, que adquire o controle verdadeiro e o poder de ser”.
Por isso, práticas como a respiração consciente, a meditação e a massagem sensorial são aliadas essenciais no processo. Dessa forma, a mulher aprende a confiar em seus instintos, libertar emoções reprimidas e ressignificar sua sexualidade.
Existe técnica ou é uma questão de sensibilidade?
A técnica ajuda, mas a sensibilidade é determinante. Por exemplo, o estímulo ao ponto G pode ser feito com os dedos ou vibradores, realizando movimentos contínuos e profundos. Porém, se a mente estiver tensionada ou distraída, dificilmente a ejaculação acontecerá.
Portanto, o squirt é um fenômeno corporal, sim, mas depende de uma integração emocional. Como citado anteriormente, o relaxamento mental e o acolhimento das sensações são a chave.
Analogamente, o prazer é como um rio: quando o leito está limpo e sem barreiras, ele flui com força. Do contrário, qualquer bloqueio pode impedir a correnteza.
Quais são os benefícios da ejaculação feminina para o corpo e a mente?
Em síntese, os benefícios vão desde a liberação de tensões emocionais acumuladas até o fortalecimento da autoestima e do vínculo com o próprio corpo. Muitas mulheres relatam sensações de empoderamento, leveza e plenitude após ejacular.
Além disso, a ejaculação pode funcionar como um portal de autotransformação, ativando a energia sexual de forma consciente. Com isso, promove-se um estado de prazer expandido e de presença profunda no momento presente.
Dados recentes mostram que o número de mulheres que procuram terapias corporais para explorar sua sexualidade aumentou 47% nos últimos três anos no Brasil. Isso revela uma crescente busca por experiências mais verdadeiras e libertadoras.
Como iniciar essa jornada de autodescoberta?
Finalmente, quem deseja iniciar a jornada rumo à ejaculação feminina deve, antes de tudo, abandonar expectativas. Logo, o foco deve ser a conexão com o corpo, não um objetivo final.
Buscar um terapeuta corporal especializado, como eu Khoji Aman, pode ser o primeiro passo. Em minhas sessões, a proposta é justamente desacelerar. Bem como, criar confiança e permitir que o corpo revele seus segredos, sem pressa, julgamento ou metas.
Ainda mais, as massagens tântricas, terapias e cursos de reeducação sensorial oferecidos por profissionais sérios ajudam a desbloquear traumas, resgatar o prazer e abrir espaço para novas descobertas íntimas.
Qual a maior lição por trás da ejaculação feminina?
Definitivamente, a maior lição que a ejaculação feminina ensina é que o prazer não deve ser contido ou envergonhado. Ele precisa ser reconhecido como uma força natural, poderosa e especialmente sagrada.
Assim como respirar, sentir prazer é uma função vital. Reprimir essa energia é reprimir o próprio potencial de ser. Por isso, ao se permitir ejacular, a mulher se reconecta com sua essência e rompe os ciclos de medo, culpa e controle.
Como resultado, ela se torna mais livre, mais inteira e mais presente em sua própria vida.
Agora, se algo dentro de você pressente que é hora de soltar o controle e deixar o prazer fluir sem medo, talvez esse seja o momento de se permitir viver a ejaculação feminina como um ato de liberdade. Uma entrega ao corpo, à emoção e à potência de ser quem você realmente é.
Ajudo pessoas a se reconectarem com o corpo e o prazer, por meio de massagem e terapia tântrica. Que respeitam a individualidade e promovem bem-estar integral. Combinando acolhimento, técnica e presença. Ofereço um espaço seguro para transformar a sexualidade em fonte de equilíbrio, liberdade e autoconhecimento. Atendimento presencial em Porto Alegre e Caxias do Sul.